A Europa está a enfrentar uma série de incidentes que, à primeira vista, parecem isolados e de pouca relevância global, mas podem estar ligados, possivelmente com envolvimento da Rússia.

Entre os eventos recentes, destacam-se a queda de um avião na Lituânia, ameaças de bomba em Londres, incluindo na embaixada dos EUA, drones sobrevoando bases norte-americanas no Reino Unido, e uma grande explosão numa zona industrial no País de Gales. Além disso, ocorreram cortes de cabos submarinos no Mar Báltico, interferências em viagens de trem na República Checa que causaram mortes, e ataques a satélites europeus que alteraram programações de televisão.

O jornal “The Telegraph” sugere que estes acontecimentos, entre outros, fazem parte de uma “guerra secreta” já em curso entre a Rússia e o Ocidente. Trata-se de uma escalada de ações de sabotagem que buscam gerar instabilidade na Europa, algo que o Kremlin estaria promovendo para criar o maior clima de insegurança desde o fim da Guerra Fria.

Autoridades europeias, como o serviço de inteligência britânico MI5, alertam que estas ações coordenadas devem continuar. Na Alemanha, já se discute a possibilidade de a NATO invocar legítima defesa para responder a essas “medidas híbridas” russas.

Keir Giles, da Chatham House, ressalta que é difícil medir a extensão dessas actividades, já que muitas delas permanecem ocultas, e parte do que chega ao público ocorre por acaso. Alguns países preferem manter a situação sob controle para evitar alardes: isto significa que podemos estar a ver apenas uma pequena parcela do iceberg da “guerra híbrida” que a Rússia conduz, neste momento, contra a Europa…

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