A conta falsa de Virgílio Antunes, bispo da Diocese de Coimbra:

A Diocese de Coimbra alertou que um perfil falso no Facebook, em nome do bispo D. Virgílio Antunes, que estaria a tentar enganar pessoas pedindo dinheiro e comprovativos de transferência. O aviso foi emitido após a instituição receber várias denúncias na segunda-feira sobre esse perfil fraudulento, que alegava ser o bispo.
Num comunicado, o vigário-geral da Diocese pediu às pessoas que tomem cuidado e não aceitem pedidos de amizade ou de ajuda financeira feitos por este perfil. A Diocese esclareceu que D. Virgílio Antunes não tem contas no Facebook ou em qualquer outra rede social.
O padre Manuel Ferrão, vigário-geral, explicou que após as pessoas aceitarem a solicitação de amizade desse perfil falso, recebiam mensagens a pedir dinheiro para uma suposta campanha solidária. Os pedidos eram suspeitos, com erros de português e exigência de comprovativos de transferência, o que levou as vítimas a reportarem o caso.
Diante da situação, a Diocese apresentou uma queixa à Polícia Judiciária, embora não tenha conhecimento de que alguém tenha efectivamente sido enganado.
Alerta da Diocese:
https://www.facebook.com/Diocese.de.Coimbra/posts/867103622202802
A 15.11.2024 e apesar de a termos denunciado a conta continuava activa:
https://www.facebook.com/dom.virgilio.antunes.2024
A CPC alertou todos os 218 perfis de utilizadores que tinham aceite o pedido de “amizade” deste perfil criado em 2024 sendo que os mais antigos de membros deste perfil são os de membros desta rede de scammers que recorrem a perfis “angolanos” (um padrão recente) operando a partir do Reino Unido (um padrão antigo) devido à inércia padrão das autoridades britânicas perante este tipo de actividades praticadas no estrangeiro.
Para evitar cair em esquemas/scams semelhantes a este, é importante adoptar algumas precauções de segurança nas redes sociais:
- Verificar a identidade: Sempre que receber um pedido de amizade de uma figura pública ou entidade, verifique se o perfil é real procurando informações sobre a presença desta pessoa ou entidade nas redes sociais ou contactando-a de forma alternativa.
- Evitar partilhar informações pessoais ou financeiras: Nunca forneça dados pessoais, bancários ou comprovativos de transferência a alguém que faça estes pedidos online.
- Suspeitar sempre (muito!) de pedidos de dinheiro: Mensagens que pedem dinheiro para causas solidárias ou urgentes, principalmente de contas recentes, são quase sempre fraudulentas. A maioria das instituições, como dioceses ou igrejas, não pede donativos pessoais desta forma.
- Reportar e bloquear perfis suspeitos: Se encontrar um perfil que parece falso, como neste caso, denuncie-o imediatamente ao Facebook e bloqueie a conta para evitar futuros contactos.
- Alertar amigos e familiares: Informe aqueles que aceitaram o pedido de amizade dessa entidade que podem ser alvos de esquemas parecidos, para que fiquem atentos e saibam como reconhecer fraudes. Tenha em conta que provavelmente a entidade controla um ou vários destes perfis.
Quanto ao Facebook, para ajudar a prevenir esquemas desse tipo, a plataforma poderia:
- Agilizar a análise de denúncias: Contas falsas denunciadas, especialmente de figuras públicas, deveriam ser rapidamente investigadas e suspensas, para minimizar o impacto deste tipo de esquemas/scams.
- Melhorar os sistemas de verificação: Para figuras públicas, o Facebook poderia oferecer verificações de identidade mais rigorosas e directas para perfis que alegam representar autoridades ou líderes conhecidos.
- Reforçar alertas automáticos: A plataforma poderia enviar alertas automáticos aos utilizadores que interagem com contas suspeitas, para alertar para a importância de verificar a autenticidade dos perfis antes de aceitar solicitações de amizade ou de responder a mensagens.

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