




Foi lançada a 27.02.2024 uma campanha patrocinada (paga) a partir de um perfil “pessoal”
https://www.facebook.com/profile.php?id=61551672681660 (o que, de per si, é uma violação dos termos de serviço do facebook: “Quem pode utilizar o Facebook: Quando as pessoas assumem as suas opiniões e ações, a nossa comunidade torna-se mais segura e responsável. Por este motivo, tens de: Facultar para a tua conta o mesmo nome que utilizas diariamente” https://www.facebook.com/legal/terms) onde se diz, explicitamente, que não é permitida a criação de perfis “organizacionais” mas apenas pessoais. Apesar disso, não só a conta passou crivo da Meta como foi também aceite como autora de publicidade que aparece agora no feed dos utilizadores portugueses da rede social.
A operação – aliás – expõe uma série de contas falsas que surgem elogiando este “negócio” (fraude) e alegando terem ficado muito satisfeitas com a compra. É o caso de “Scarlett Green” e “Ava Cooper” que, curiosamente, têm a maioria dos seus amigos residindo na África Ocidental e Indonésia embora sejam, alegamente, norte-americanas.
O site indicado na página – testado numa sandbox – indica que não existe e é apresentado na página dos “CTT Distribuição de mercadorias” apenas para credibilizar a operação criminosa uma vez que – naturalmente – os CTT não vendem este tipo de paletes nem nada é entregue após pagamento.
As imagens foram manipuladas de forma a acrescentar o logo e a palavra “CTT” e é claro que não são uma operação autorizada por esta empresa. A rede de comentários elogiosos desta operação internacional é um método antigo para iludir possíveis vítimas dos medíocres sistemas de controlo da Meta.
A página, embora se insira numa operação mais vasta que sugere ser a mesma das páginas falsas do “Zoo de Lisboa” parece ter sido lançada a partir do Brasil o que expõe uma rede com braços na Indonésia, Rússia, Brasil e África Ocidental (pelo padrão de amizades e relações das contas falsas). Provavelmente por descuido destes burlões foi deixada a indicação do local inicial da operação: Jaraguá, um município do estado de Goiás, no Brasil. Isto indica parte do método usado pelos burlões: começam por criar um perfil pessoal e depois alteram a sua designação, conteúdo, foto e nome para o nome que vão usar na sua campanha.
Todos estes perfis foram denunciados como fraudulentos ao facebook mas permanecem, sem excepção, no ar e exercendo a sua actividade.
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